quinta-feira, 13 de junho de 2013

Uma súplica

E eu desligo a musica para que ela não interfira nos meus pensamentos. E eu me perco nos meus desejos, pois não sei o que quero. Frases, frases e mais frase. Não consigo ordenar meus pensamentos. Logo tudo se torna desconexo e distante. Logo já não sei mais o que escrever e a dor dessa confusão sem uma válvula de escape me sufoca.

A verdade é que, mesmo tendo tantos amigos, eu realmente não me sinto a vontade o suficiente para falar de tudo que eu eu sinto. Mesmo tendo tantos amigos, eu não me sinto confortável para falar do meu sofrimentos, da minha dor, da minha confusão. Eu realmente não me sinto a vontade para falar que eu tenho muito medo de me perder. De me encontrar e me perder novamente. Não me sinto bem para falar que eu me odeio pelas coisas que eu faço, pelas coisas que eu vejo. Não me sinto confortável para falar que eu me sinto sozinho, me sinto vazio. Não me sinto amado. Não me sinto com amigos de verdade.

Eu tenho medo de falar que meu sorriso de todos os dias, minha concordância de cada momento é uma súplica silenciosa por atenção. Uma súplica por alguém que veja além do meu olhar vazio e do sorriso falso, tão convincente. Uma súplica por um abraço, um olhar, um amigo que veja através das camadas de simpatia e decência.

Eu quero olhar para você, e quando você olhar para mim, eu saber que você sabe que eu não me sinto bem. Eu quero olhar para você sabendo que em algum momento, eu vou poder te abraçar e chorar contigo. Saber que você vai retribuir esse abraço e dizer que tudo vai ficar bem, não somente com palavras, mas com atos que verdadeiramente me ajudarão. Eu quero sentir o amor no seu olhar. Como amigo, irmão.

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